Alta
taxa de desemprego muda dinâmica de
entrevistas e exige cuidados
extras de quem
procura novos colaboradores
O desemprego na casa dos dois dígitos
no Brasil
muda as regras do jogo das contratações. Em
entrevista a
JF Carreiras & Negócios, especialista
Helena Magalhães, sócia
da consultoria voltada ao
recrutamento de executivos People Oriented,
essa
conjuntura demanda um processo seletivo mais
criterioso para que
não sejam cometidos erros de
avaliação.
"Estima-se que uma contratação errada custe a uma
empresa pelo menos três
vezes o salário gasto com
esse profissional. Isso sem considerar os
aspectos
intangíveis como clima, motivação da equipe, entre
outros", diz Helena. A especialista indica quatro
cuidados ao
contratar profissionais em busca de
recolocação:
1. Busque referências
Em
um contexto de desemprego em alta, se torna
ainda mais indispensável
conhecer
bem o
background
do candidato. O ideal é que isso seja feito por meio
da
rede de contatos do contratante, e não por
referências indicadas
pelo próprio entrevistado.
"É importante não se contentar com
uma resposta
genérica do profissional de que seu desligamento
ocorreu devido ‘à crise’. Na maior parte das vezes,
esse é
apenas um dos motivos e não o principal.
É recomendável ligar para
a antiga empresa e buscar
referências, até mesmo com a área de
Recursos
Humanos se não tiver nenhum contato na
companhia”, afirma
Helena.
2. Avalie se o interesse é apenas temporário
É natural que, durante o período de crise, quem está
fora do mercado
de trabalho comece a “topar tudo”
para se recolocar e voltar a
receber um salário.
"Quando o profissional precisa se recolocar
rapidamente, às vezes aceita trabalhar em áreas ou
ambientes que
não tem tanto o seu perfil, ou mesmo
longe demais de casa.
É uma
equação que dificilmente dá certo a longo
prazo", afirma a
sócia da People Oriented, que
completa: “analisar o grau de
interesse depende
muito da sensibilidade do entrevistador; é
necessário
ler as entrelinhas da entrevista”.
3. Evite reduções salariais
agressivas
Segundo
a especialista, as empresas não devem
aproveitar esse momento para
subvalorizar
os
salários oferecidos a novos empregados.
É recomendado manter, no
mínimo, a remuneração
que o profissional recebia no seu antigo
posto.
“Além de diminuir a motivação, pagar menos do que
o
patamar anterior cria uma sensação de que a
relação entre
empregador e empregado é abusiva.
Em épocas de inflação alta,
manter a mesma faixa de
um cargo no ano anterior já é uma redução.
E com
isso
evitará uma alta rotatividade de pessoal na
empresa, uma vez que,
mesmo com a alta no
desemprego, tanto as empresas como os
profissionais
buscam o melhor para si”,
conta Helena.
4. Avalie o perfil comportamental e cultural
Existe um ditado em recrutamento de que se
contrata pelo técnico e demite
pelo comportamental.
Não é só a formação e capacidade técnica
que ditam
o sucesso de uma contratação.
É necessário averiguar se
do ponto de vista
comportamental, assim como cultural, há bases para
que a relação de trabalho dê certo.
“Isso não significa estabelecer parâmetros de
candidatos melhores ou piores com base
nesses
critérios, mas sim de afinidade e adequação à vaga e
a filosofia da empresa.
Já existem vários testes para
avaliação de perfil”, comenta
Helena.
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